Nem ergonomico, nem entregue, mas sentado meio de lado na confortável cadeira é que me vejo agora de frente pra esse computador. Eu sei, e sei mesmo, da minha relção com a Economia. Sei que gosto de estudar tal assunto, sei que não sou capitalista por causa do Marx e não por questões ideológicas como aquisições próprias, sei que o fator economico é um dos elementos que compoem meus preconceitos. Sabendo de tudo isso a visão que sempre tive de Estado é que ele deveria ser o gestor de todos os mecanismos de trabalho da sociedade, que nele deveriam estar as concentrações de promoção de trabalho. Sempre acrededitei que o que é público é mais legal, é melhor e é o caminho pra salvação. Isso é bacana na medida em que se tem a utopia no horizonte e pernas pra caminhar. No entando não é por acaso que também sou Espírita e, antes disso, cristão. Digo isso porque assim sendo não posso negar que é fora da caridade que não há salvação e não fora do não-capitalismo que há salvação. Deus escreve certo por linhas tortas, como diz a graça do povo, e onde estou nesse momento? Em uma repartição pública, atoa, com preguiça e entediado pela monotonia e a necessidade de ser precionado porque se não, não produzo. Mas onde está Deus? Pensemos: se eu tenho tão arraigado em mim o carinho pelo Estado, a ponto de achar que o iniciativa privada não presta nunca, Deus me põe aqui pra que o conceito que tenho de salvação migre do Estado para a Benevolência e porque? Porque é fora da caridade que não há salvação e não fora dos aparelhos do Estado.